Cinderela sem Sapatos...


sábado, 11 de agosto de 2012

Zamboeira



voltas e revoltas
giros e impulsos
os movem...

lentes de aumento
multiplicam suas visões
e devaneios

desenfreados, exagerados
cospem no chão
da alma alheia

pisam em vão
fazem buracos de orgulho
imediatistas(...)
presumem-se de direitos

se regram sem regras,
sem calma,
sem respeito,
sem sim, sem não,
sem noção

apenas moção; um
fluxo irresponsável de
crendices, baboseiras e
corrupções

acreditam nos governar...
dá-me a verdade,
somente uma vez!
Hipócritas...

Imagem by http://www.wallpaperweb.org   Eye Shadow

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Filo de sonhadores...



Flutuo no piscar dos sonhos
Que o vento sopra e leva
Que volta e brilha sem sessar
Que levanta a areia e seus cristais
Que monta castelos que desabam
Na bruma molhada e ingênua...
Sorrio e corro fazendo poças na praia
Aluvião de conchas e segredos
Salpicam a beira-mar dos meus pés:
Que margeiam ao léu
Que pisam em devaneios
Que cegos deslizam nas ondas!
Ou seria o sol que me flutua?
Enquanto decido, fluo no tabaco-de-caco
Cato o pó que sobrou na memoria
Construo um novo castelo
E divido-o com você!
Mas, não me deixas escapar um sonho!
Ou de seguir o amor sem nele se perder
Ou obedecer a ele, sem nele se encerrar...


Imagem cortersia Google

 

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Van Gogh foi feliz quando menino...



Olhos românticos, lábios finos  esboçam
leveza e cor. Semblante afina-se ao
pássaro engaiolado pelo seu amor.
Voam juntos entre pinceladas de céu azul.
Cabelos de fogo avassalados pelo vento
despertam sua genialidade.
Menino Feliz!




                                           VAN GOGH FOI FELIZ QUANDO MENINO - Rogerio Fernandes

Formato:23×31cm
Técnica: aquarela
Superfície: Lana 300g

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Despedida...


Me solta às algemas, envergonha-me.
Grito a liberdade quase cruel,
um ébrio rebelde!

Idiotices humanas, apenas minhas...

Perdoa-me vida insensata,
que vivo por demais.
Dá-me de volta a proposta
que o egoísmo rouba-me.

Ria-me fantasmas
com suas capas negras,
com seus sorrisos sínicos.
Enche-me a taça...

Gula insídia, secura de afeto,
e pálpebras oscilantes.
Cansaço de cantorias vazias...
Idiotices humanizam nosso
orgulho ferido.

Rio- me nas aguas profundas,
afogo-me em sonhos urbanos;
espero nunca mais recordar...
Tenho que voltar pra casa!


* Imagem, cortesia Gogogle