Cinderela sem Sapatos...


sábado, 28 de janeiro de 2012

Carta de poeta

Percorro linhas torcidas
que escrevo
pela vida que perambulo
que só eu vejo e escuto


Existo em fases
d’um segredo morto
impuro feito de chagas
estéreis


Da pimenteira sai baga
seca que não quero
Da boca sai gusa
picante


Do pergaminho sai dor
marcada
Do peito o som
da partida


Enfim sobejou poesia
nada mais me carece
sê eterno
sê candura