Cinderela sem Sapatos...


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Brisa Suada









Leve, suave,
Flutuante chega
À noite
Espero-te tola
Cega de amor
Calor que sinto
Subindo ao poucos
Queima-me
Ah, como é bom ser tola!
Roce, tope e  me ateei...
Beijos colidem
Sonoros e cingidos
Tolices e prazeres
Ah, como é bom ser tua!
Esqueci-me do dia
Sinto a carícia da noite
Nas tuas mãos
O que deseja de mim?
Só  tenho afagos em mim!
A brisa passa e estarei aqui
Esperando-te singela

Não sei até quando... Amor!

Imagem: desconheço origem

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Breu


Teus olhos cabisbaixos feriram
O brilho era apenas uma lamina
Silenciosamente cortante
Abrindo chagas rebeladas
Perdi teu calor
Sorristes por fora
Como o sol despido da chuva
Busquei teus lábios
Amargos e ferinos
Tremiam descontes, mas sorriam
Marfim pérfido, ébano leonino
Breu na alma praguejou
Toda aquela infâmia farejou
Como os demônios pirilampos
Desse breu sucumbindo de dor
Caga-lumes sem vida
Beleza luzida na escuridão morta
Que foi teu amor.