Cinderela sem Sapatos...


quinta-feira, 31 de maio de 2012

Anjo Ruivo

Imagem - cortesia de Milton Long

(...)ficou
Na pela, sua impressão
delineada por carinhos...
Na boca, suas palavras
molhadas de vinho...
Nos seios, seus afagos
infinitos...
No ventre, sua sede
insaciável ...
Nos lençóis, seu calor
ofegante...
No quarto seu perfume...
Dentro de mim,
você...
Do amor, suas mentiras...
Das lagrimas?
Transformei-as em alegrias!

"Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar."

 Cora Coralina

Amora mia...



Aqui não mora-namora
Lá fora- pode bicar
Passarinho voeja-aqui mora
o fruto, visgo que cola,
sabor de amora
Lá fora- pode beijar
A flor desabrocha
Rapaz  que bajula,
 a cabrocha de
Lábios vermelhos
acanhados de zelos
Fruta carnuda, desnuda
emaranhada no pé
Adoçada, sem demora
flutua no ar
Cai  do pé, d’Amora
Eu quero te
amar...

Foto- Web


A música toca...

The Dancers Glass Mosaic of two people sharing a dance. 24" x 24" By Mosaica Arts
 Na alma
Líricas enchem o vazio soprando
Bolhas de emoções.
Ciscos de cores
Cintilam meu coração.
Din Din Don ...Toc Toc!
Porta que abre uma brecha, que mexe o
Cálice dento d’ mim.
Dança, balança comigo, me toca, rebola...
Caçoa d’mim e o bolero entra sem
Lero Lero
Suas cantigas,
Desculpas e solfas antigas
Soam sem fim...
Musica que toca 
 e  Dança colada
assim!
♪♥♫♪♥♫♪♥♫♪♥♫♪♥♫♪♥♫♪♥♫♪♥♫♪♥♫♪♥♫

terça-feira, 29 de maio de 2012

Entrar no Ser...♪♥♫♪♥♫...

Imagem: cortesia de Milton Long- Zeus

O entardecer veste-se em sedas e cetins.
Opúsculos fuscos aproximam-se.
Tons silenciosos – Netuno!
Sonata vem do Ébano intenso.
Vibra o luar musical.
Zeus do mar ouça-  as
...Ondas revoltas
pacificam- se no infinito
dos oitos astros.
Véspera de eternidade!
Único amor... Musical.
Dês-nos o luar!
Enches-nos de partituras,
loucuras, sonatinas...
Venusiana noite
leva-nos...sem fim...
Sinfonia noturna rasga-nos
delírios...


Inspirado em Moonlight Sonata- L.V. Bethoven

(home video)

♪♥♫♪♥♫♪♥♫♪♥♫♪♥♫


Meus Desejos...

São intermináveis, salgados.
Bebo-os e não me sacio.
Mais desejo[s]...
São delírios indomáveis, velozes.
Correm para onde querem...
São temperos na alma
que aguçam os sentidos.
São ervas daninhas
que desafiam o plantio.
São delícias e defeitos
que agridem a virtude.
São falhas do coração
sem nexo, nem sexo.
São côncavos, convexos.
Mais complexo[s]...
São bi- laterais,
anônimos, surreais...
São meus, sou eu!

Depois que você fechou a porta

me dei conta da lua
lilás, azulada, pérola
no olhar, pairada 

falei de nós,
da alegria que sinto
de tudo, do nada,
ela sorriu...

ruídos grilados
quebraram o silêncio
da madrugada gélida

coruja piou,
folha caiu,
o vento levou

o rangido da cama
ecoou nosso amor,
ela ouviu, nós dois, e eu
sorri...

suspirei sua ida
contemplei sua volta
sem solidão calei,
adormeci

te espero ao anoitecer,
meu amor...

Revisado 29/5/2012

Na Maga-Noite


Sou rouca e louca na noite...
Olhos espantados...Meu gato!
Encanto e assusto os sonhos
Ateando  meus pecados
Esvoaço pelos quatro cantos do mundo...
Passo pela coruja que evapora
Pela nuvem esfumaçada
Pela janela desencantada
Não sou feia
Nem torta
Nem malvada
Sou bruxa!
Sou mulher...
Sou sombra que surge ao longe
Sou íntima da lua cheia
Gosto de fantasias
De feitiços e bruxarias
De amor e boemia
Da noite sem lumeeiras
Sem lua minguante e fria
Escondo-me no dia
Deslumbro-me na noite
Nas fábulas voo sem rumo
Nas mandingas da vida
Sou poesia!



Revisado 29/5/2012


segunda-feira, 28 de maio de 2012

flor que gira para o sol





 é girassol
sem sol não gira
nem vira
...
nem brilha
por si só (a)dora a vida
digna sem idade
é dignidade
sem sol não cria
falta alegria
com altivez
não morre talvez
com postura
vai a altura
flor que gira no céu
é carrossel
flor que anela
é amarela
é bela...
 


Foto, cortesia de Joice Furtado. O Girassol tem o significado intrínseco de adoração a vida, representeando a glória, paixão e dignidade...A postura da flor também sugere a altivez mantida com alegria, integridade e respeito.

Tuas mãos...




Imagem, cortesia de Milton Long.
Pétalas cálidas que suavizam
minha pele picante.
Seminuas, tecem fios de seda 
 
em nuances de cores adocicadas.
Estimulam as ervas do meu corpo.
Aguçam meu cheiro,
meu gênero,

meu sabor.
 Buscam todo o meu doar,
acariciam-me...
Enxugam-me as  lagrimas,
amparam-me.
Vestem meu corpo com fitas e cetins.
Escrevem notas musicais
que  regem minha vida...
Tuas mãos doam bondade, gesticulam amor e
cultivam todas as seivas do meu existir.


Fábulas...


Desenho s/ tela 1,30 X 1,80 -2012-Fábula sem Moral by Jose` Elffer
Que...

Traçam linhas caçadas pela alma,
misturam cores e desejos
sanos, insanos, atemporais.
Contornos entrelaçam sonhos
inexplicáveis–multicultura[da]
visão iluminada que desperta a
voraz paixão pela existência.
Ser...
Amor[ais], fabuloso(s)
desenho(s) ...
Fazem arte e trilham vidas,
contam historias.
Constroem cidades, estradas,
e pontes que atravessam
fantasias, dores e alegrias.
Arvores, prédios, droga[s]
de vida! Muro pichado,
sexo, fé, luxuria, oxigênio.

Assim, [mau] dita a arte,
maldita espécie...
Sapiens consciente[mente],
Politica[mente] in-correto,
i-moral.



*Poema inspirado na obra  Fábula sem Moral 1, 30 X 1, 80 by José Elffer 2012 www.joselferarte.blogspot.com

domingo, 27 de maio de 2012

Chuva de Janeiro


...que molha sem doer
meus seios translúcidos
tocam teu peito
que bate apertado
corro sem ritmo
sinto a água
me entrego nos teus braços
soluço sem choro
apenas de amor
que a chuva traz
que você faz 
tua voz rouca
molha meus lábios
apenas danço
deixando teu corpo
me levar
na correnteza forte
do teu desejo de Janeiro
me perco na tua
oscilação
que a janela reflete
me desnorteo...

Rafflesia,


parasítica sem raízes, sem folhas, sem filhos
rustica e forte como a índia da floresta
sem galhos, nem braços, sem sustento
suspira agonia  para sobreviver
na graça da videira
seu eco busca o sistema
sua agua busca a diversidade
sua rudez embeleza a mata verde
com seu  rosado alaranjado
e núcula fértil...
nome de mulher tens
e coragem impões com [o]dor
ao homem que o perigo traz
um dia te vais, Rafflesia
um dia te vais !
e o homem chorarás
tua ausência,
febril morrerás e
no [aque]cimento
petrificarás..
um dia te vais !
assim como as demais...


"Rafflesia", uma nativa planta parasita da floresta tropical. Sem raízes, caules ou folhas, vivem na videira que as hospeda. Todas as espécies estão em perigo ou ameaçadas.
Rafflesia Arnoldi pode ser encontrada emTaba Penanjung natural sanctuary in Central Bengkulu District, Bengkulu Province,Indonesia.

Momentos de paz





“Invadem a manhã, insinuam a vida e

 traçam o dia.”

sábado, 26 de maio de 2012

Na penumbra da mente...


By daguerra In, “Elogio da Sombra”, Junichiro Tanizaki

Você é presente
porque assim se faz,
quando se faz.
Eu, despreocupada, aceito seu
destino camuflado.
Nada indago de você, sei de
suas idas e vindas.
Sua verdade aflora no olhar...
Impossível não te sentir,
ter você presente [com]tudo.
Sua cambraia impecável sobre seu blue jeans.
Não há duvida.
Admito...
Frágil, o seu amor é transparência
em mim...
Seu desejo é cumplice, e eu nesse [de] leito,
me entrego sutilmente ...
Suas mãos desnudam-me.
Seus lábios seduzem- me.

Sua presença transcende... E sei que te amo!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Quero acender todos os holofotes dentro de mim ( Clara Piquet 2012).

Sentir-me azul e dourada pelo sol.
Ser BRISA, ser LUZ, ser FLOR.
Hoje... A neblina não me engana!
Iço-me as serras nubilosas
Rabisco um arco-íris... E deixo-o entrar.
Quero...
Sentir seu Almíscar  penetrar
minha pele inebriando-me.
Sentir sua boca ardente
buscar meus lábios.
Sentir seu abraço
afagar meu corpo e
tocar meus seios.
Sentir arrepios lúbricos
nos seus cochichos de tesão...
Sentir a generosidade
que seu amor me traz...

Hoje... O sol não para de nascer em mim!


Meu amor...

Com você sou bruma
que beija a praia
sou pássaro que corta os mares
Com você sou luz
que desfaz o medo
sou estrela que vianda pela paz
Com você sou lua  
que cintila a noite escura
sou aura que sopra a tristeza
Com você sou pedra
que quebra o desânimo
Com você sou fogo
que queima de paixão
sou amor que incendeia
sou razão , sou rumo
Com você sou mulher
sou livre, sou bela,
sou sexo, sou pura
sou vida...
sou poesia...




quarta-feira, 23 de maio de 2012

(preamar) de nós dois

fluxo intenso, delibo
no teu siso, sou sexo
sem tino, desato de dor
dor sem peso, sou prazer


liquido escorre agonia
agonia sem dor, fruo-te
corpo sano, belo seixo
na lucidez, sugo- te

pele quente, acaricio-te
beijo tépido, sacio-te
o desejo incontido


no algodão , velo-te
na penumbra, grito
afaga-me de zelos


fulgor de gozos
trepido na tua boca
incansável...

terça-feira, 22 de maio de 2012

Olhos de um Gênio...


Ponte sobre o Rio Paraíba do Sul- oleo sobre tela-José Eugenio Albuquerque,2009

Nessa Pioneira Terra nasce o Sertão da Parahyba...
Serra Fluminense esconde-se em turmalinas
sobre o remanso caudaloso alagado por preciosidades.
Seu caminho Novo abastecido com roças de milho,
peixe do rio, caça da mata virgem, sustento dos
índios Puris escravizados é  palco Colonial.
Nas artes, politica e história cresce com Tiradentes,
nas pautas de Villa Lobos se faz notar.
Por Barbacena o caminho Novo se une ao Velho,
pelos Paes Lemos, coragem e lutas se confrontam.
Com  Ouro surge o entusiasmo do Barão de Mauá:
a ponte centenária é  construída cruzando o Rio Paraíba do Sul.  
E uma nova  história é atraída pelos Relevos
da Pedra da Tocaia,  Vila Salutaris, Serras Alto da Terra Seca,
do Retiro, de Cavaru  e do Catete.
Pela riqueza colossal do latossolo vermelho,
do podzólico vermelho-amarelo,
do mediterrâneo vermelho-amarelo
nasce a pintura em cores com grandeza e fidalguia,
na bravia inspiração de José Eugenio Albuquerque!



Dedico a voce Geninho, com muito carinho !

Naked




    You don’t fit in my life anymore
I gave you all
My skin, my love, my soul...

I gave it up
There is no hurry,
Collect yourself, and go
You don’t fit in my heart anymore
Take the memories with you
Nothing belongs to me
I gave it up
Take the dreams with you
They don’t make me dream anymore
It just passed by- the dream
Take the sorrows with you
It is time to laugh again
To laugh alone- it fits with me
Collect yourself, and go
Love doesn’t live here anymore
There are no goodbyes…

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O rio da minha cidade...

Mobile/ tirada da ponte nova - Rio Paraiba do Sul 2012- PS- RJ
Nas andanças da manhã o sol te desperta
A lua ainda é  vista sobre sua ponte, e sua
Beleza infinita forma copas arbóreas e
Beiras que reinam em silencio,
Carros quebram sua calmaria...
Que reflete os  primeiros fios do sol
Da correnteza que obedece emudecida
Do barco, do pássaro, da vida...
Pessoas despercebidas atravessam-te
Cabisbaixas, preocupadas, atarefadas
Por esse espetáculo familiar!
Que existe e que trará saudade...
Quando longe me for...
Minha canoa vai remar longe
Meu pensamento vai se voltar,
E aqui estarei trafegando nesse momento...

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Na insustentável leveza do ser...

Image by http://www.tare.ro
A elegância é inesperada,
Tecida pela tórrida existência
Onde a beleza é profunda
Quase incontida!

A inocência supera a bravura
Nem os bravos a desafiam
Tão quanta a suavidade
Seja criança eternamente!

O capricho não insiste,
Perde-se na tolerância
Dos pequenos gênios
que açambarcam sua Floresta

A alegria é fina flor
Tolos sentimentos se abrasam
O pouco é sempre tudo
O muito é desconhecido

A correnteza leva o ser
Que nunca deixa de ser
Íncola, astuto, sabichão!
Que rema graúdo...


Com carinho para Clara Piquet.