Cinderela sem Sapatos...


domingo, 24 de julho de 2011

Para Amy




Rabisco a vida com talento e tintas foscas
Fazendo lacas sombrias de muito sofrer
Pelo luto da constante e inesperada felicidade
Essa, porém, uma viajante desconformada
Que às vezes persevera e fica, mas não se demora
Pena fina e móvel desdenha meu assentimento
Agora ou nunca, volte; espero-te senhora
Ouso-me sofrer, pois evoluo este ser, mas faceio sorrir
Não custa- me sentir!
Brilhei um dia, brilho no saguão agora, volte
Bela dona, felícia!
Onde, de verdade, moras?
Ventura porta; quero abrir-te
Mesmo que lerdeia minha mortiça alegria
Ouso-me sofrer, pois evoluo este ser, mas faceio sorrir
Nem mascaras, nem amigas se aventuram a minha porta
Então me dou o direito de ser quem sou
Não de mim, estimam mais, elas
Amigas se dizem, mulheres timoratas são
Meus pés picados por esse veneno roubou meu vulto jocoso e
Minha voz, ainda alta, deixa o “blue” alegar por mim...





























sábado, 9 de julho de 2011

Açoito nas Asas



Voejando serena contra o vento
Desafiando o tufão que abala a espuma
Asas débeis assim vistas da terra
É força determinada na natureza
Sem medo ou insensatez, voa e voa
Atinge a calma da brisa acima lenta
Que o navio pesado do homem navega
Gastado e amedrontado na labuta do curso
O capitão no tombadilho observa descrente
O vento mortificante e lastima as aves
Com açoito, a gaivota corta a fúria lufada!
Como uma prece ao soberano,
Aclama!
Voa, voa gaivota além às nuvens cinzadas
Anseia a paz além às vicissitudes...
Num impulso divino inquestionável...
Ensina-nos voar com asas gaivoteais
Para que ao porto seguro ancoremos.

Dedico ao meu querido amigo Paulo Pereira.