Cinderela sem Sapatos...


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Breu


Teus olhos cabisbaixos feriram
O brilho era apenas uma lamina
Silenciosamente cortante
Abrindo chagas rebeladas
Perdi teu calor
Sorristes por fora
Como o sol despido da chuva
Busquei teus lábios
Amargos e ferinos
Tremiam descontes, mas sorriam
Marfim pérfido, ébano leonino
Breu na alma praguejou
Toda aquela infâmia farejou
Como os demônios pirilampos
Desse breu sucumbindo de dor
Caga-lumes sem vida
Beleza luzida na escuridão morta
Que foi teu amor.