Cinderela sem Sapatos...


domingo, 26 de junho de 2011

Fardo do Rio


Desdobrando-se pelas encostas e ribeiras
De monte a monte, pedras roladas
Plantas prezadas no seu fio deslizante
Suavemente te sinto...

Sento-me às suas margens tarjas
Ouço sua harmonia
Entre pirilampos e arvoredos
Sinto-me aliciada por suas aguas
Fantasmais...

Homem e rio ocultam segredos
Fundidos no fundo do leito calado
Lavados e coruscados jamais
`A luz da memoria...

Correndo pelos pastos, ruas e casas
Cego e transparente pêndulo da ponte
Desemboca na força da natureza
Com fúria grandiosa onipotente

Por fim, aclama-se em arroios
Lagos torrentes e berços de praias
Nas cachoeiras caídas da alma
Ouço sua ária de paz...