Cinderela sem Sapatos...


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Cálice de vinho






Cálice seco e doce na noite
Meu gosto por ti espera ansioso
Na sede constante da vontade
De mergulhar no seu corpo

Encorpado, grosso e autêntico
Vindo da costa distante e fértil
À minha mesa farta de prantos


Vinho robusto se mostra potente
Invade-me com goles generosos
Sinto seu calor cativante na noite
Cá dentro trazendo o frio do dia
Com sua força frutífera passageira
Embriago-me no seu leito iludido
De conforto, de amparo, de alegria



Galante admirado e presente
Nos salões de prosa e cortesia
Revelando sua linda postura
Que fere e corta a muitos
No sulfito do desejo intolerável
Das almas aflitas e puras que
Idolatram-te no afago da boemia


Quiçá claro e alvejado, porém
Não desvanecido, mas selecto e
Escopo na sua tentativa cândida
De saciar o gosto perdido do infame
Adormecido pelo sabor infundido
 Seja doce adocicado ou seco buquê
Perfumado de cristal amarelado


Rose fosco avermelhado agrada
As damas e amadas por delicadeza
Saboreiam com classe e reverencia
Sem enganar os maduros que no
Degusto abusivo se entorpecem
Da cor rose fosco do vinho puro
 que não perdoa os fracos...

2 comentários:

Anônimo disse...

Paulo Pereira /não consigo ler tudo o que escreves: no entanto quando o faço tudo o que transmites faz sentido: e é por isso que ainda espero um dia encontrar, algum livro teu, sem pseudónimo, em todas as livrarias da consciência humana e quiçá,embora longe, mais perto de mim e de ti. gosto das palavras que escolhes de forma simples, para transcrever um contexto ou realidade...para sempre Lêr-te-ei. bjo, até +.

Leila Onofre disse...

Obrigada, Paulo Pereira,,, um dia , talvez, um livro?

Beijos eternos...