Cinderela sem Sapatos...


domingo, 1 de maio de 2011

Ampulheta



Passei por aqui, onde um dia, deixei meu sonho
Tão calmo parece hoje, depois de tanta insensatez
A tarde presencia esse momento com serenidade
E virtudes perdidas se formaram em pedras sem vida
Como é bom voltar com o coração intacto dos agravos
Danos aqui criados e deixados a esmorecerem no vago

Celeste o céu desse sonho esvaecido, ainda perpetua
Lindo e azul que brilha nessa tarde feliz de primavera
Ainda existem saudades dos beijos trocados, solitários!
Acabados pelo orgulho e martírio das almas que sofrem
Aqui ficou a perda, mas não a minha esperança
A areia fina, ainda, continua abalizando as horas...

Horas, dias após dias se renovaram por novos sonhos
Sonhos que tentam ser realizados em comunhão
com a vida e as limitações da realidade imposta
A harmonia inesperada acontece menos planejada
E a vida corre como um sopro do puro cristal!
E belas formas se manifestam como um milagre...

E a areia fina, incansavelmente, baliza a vida!