Transparente e forte declina:
Que é fria na pedra cálida,
Esconde-se na marquise gélida,
Há de correr pelas ruas e se tornar fina.
Tropeça a gente e molha a manhã:
Que corre apressada pra vida,
E escorrega na poça anciã,
Há de perder o trem da ida.
Sucumbe o barulho agitado
Que soa o ônibus abalado,
Nessa comovida chuva matinal...
Transborda trilhos e pontes
`Aguas insanas e potentes
Que transcorre o curso do dia!