Abrigo-me em qualquer canto
Na chuva, um paiol ou um batel
Lá fora o sol queima sem manto
Cá dentro, acendo a pena e o papel.
Que o meu couro aguente a queimadura!
Mas meu coração... morre sem a poesia
Sem palavras... resta-me a amargura
Que o fogo não queime a fantasia.
Quimeras, estrelas ou lua cheia
Ilustram os sentimentos das palavras
Enquanto a inspiração vagueia...