pequenas agulhas que espetam
como fractais de ilusão
aos olhos, a carne sente
pontiagudo frio sobe desfalecendo
os sentidos
mãos se arriscam e tremem
envergonhadas sem fé
o cérebro inibe a razão
e o coração finge-se calmo
e bate e soa incessável
a musica toca dentro d’alma
assim meus órgãos desafinados
perdem a melodia... por horas incertas
que passam lentamente
e na poesia emudeço
esperando o efeito da cor voltar...
sem coragem ... escrevo!
Cinderela sem Sapatos...
terça-feira, 10 de julho de 2012
Folha na praia
despeja suas energias na areia
cansada suplica o chão
entre caracóis e algas
e purificada de dor
nada entre ondas salinas
entre encontros e desencontros
bate na pedra escorregadia
com o vai e vem da correnteza
mergulha sem fôlego,
submerge cristalina
quase morta...
folha esquecida no fundo do mar
sem força, ainda molhada,
finalmente descansa!
*Photo by Alycia Bromar
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