Cinderela sem Sapatos...


quinta-feira, 19 de abril de 2012

A Noiva...

                          
                              Densa e leve  arrasta seu véu                
 Com a expectativa do sonho
 Que ainda não foi realizado
 Alegre sim, dizem!
 Sentimentos atormentam-a...
 Densa e leve arrasta seu véu
 A caminhada é longa, o véu pesado...
              Como cheguei aqui, pergunta-se?             
 Amei muito até chegar aqui
 Não amo mais, pergunta-se?
 Densa e leve arrasta seu véu
 Estou feliz, pergunta-se?
 Fugir não, pensam!
 Olhando a porta, desfila...
 Imaginando a fuga, ainda menina
 Que hoje se torna  mulher...
 Contemplando, continua
 A fuga fraca rendada de medo...
 As flores assustam!
 Não me sinto como elas
 Frescas e belas, pensa
 Sinto-me mórbida, febril
 Indecisa, o véu pesa cansado
 Chega ao altar dourado do fim
 Sim aceito... Diz
 Covarde é, morrer me resta!

Maciezas da vida



 
Calor insinuante[que]
  Sua língua delicadamente produz
  Arrepiada de branduras
  Entrego-me totalmente a você
  Perdida de paixão, tesa, louca
  Deixo de existir!
  Brado...
  Sinto você crescer dentro de mim
  Seu beijo me rouba a realidade
  Sua força me comanda e domina
  Sou apenas uma mulher amada,
  Descabelada, pronunciada, sua
  Corpo que deliria, palavras improprias,
  Apropriadas agora, ouço-as 
  Você me faz toar
  Você me busca, gozo
  Eu sinto muito...
  Muito, seu gosto, seu prazer...
  Eu sinto muito!
  Preciso voltar pra casa, amor!