Cinderela sem Sapatos...


domingo, 1 de maio de 2011

Aconchego


Image by Nelson Efe

Na luz baixa da sala descanso no peito do seu amor
Que acalma minha alma e zela meu corpo cansado
O som de o seu bater me traz aconchego e segurança
Na sala de luz baixa seduzindo-me na penumbra
Os seus lábios doces e delicados buscando os meus
Sinto-me menina, mulher e amante no seu abrigo
Seu corpo que me acolhe e me faz um ser completo
Desvanecida e imóvel sinto minha alma pulsar
Numa tentativa descontraída de ser sua e nua e pura
Entrego-me a você
Na sua pele rosada e fina meus dedos vagueiam
Nas curvas do meu corpo sua boca sacia
A sede da sua paixão que seca meu desejo em dor
Enquanto uma nuvem em explosão inunda você
Me perco num lençol de prazer de estar  entregue
Numa luta infindável e frenética, apenas te amo
E depois do amor, teu abraço perdura em silêncio
A noite se cala e dormimos na quietude do
Aconchego do nosso eterno amor..

 
Cozy



In- room low light... resting my love in your chest
That soothes my soul and my restless body
The sound of your heart brings me comfort and safety
In-room low light... luring me in the dark
Your sweet and delicate lips seeking mine
I am girl, woman and lover in your arms
Your body  welcomes me and makes me  complete
Faded,still, I feel my soul pulsar
In an attempt, relaxed naked and pure
I give myself to you
Through your thin skin my fingers wander
And the curves of my body quenches your mouth
Our bodies linger in contentment

The night is silent and sleep in the stillness of
Warmth of our eternal love ...
Dry of  passion and hurtful desires 
While a cloud burst and inundates you
I lose myself in a blanket of pleasure and seduction
In a ceaseless struggle and frantic motion- we love...



5/5/2011



Ampulheta



Passei por aqui, onde um dia, deixei meu sonho
Tão calmo parece hoje, depois de tanta insensatez
A tarde presencia esse momento com serenidade
E virtudes perdidas se formaram em pedras sem vida
Como é bom voltar com o coração intacto dos agravos
Danos aqui criados e deixados a esmorecerem no vago

Celeste o céu desse sonho esvaecido, ainda perpetua
Lindo e azul que brilha nessa tarde feliz de primavera
Ainda existem saudades dos beijos trocados, solitários!
Acabados pelo orgulho e martírio das almas que sofrem
Aqui ficou a perda, mas não a minha esperança
A areia fina, ainda, continua abalizando as horas...

Horas, dias após dias se renovaram por novos sonhos
Sonhos que tentam ser realizados em comunhão
com a vida e as limitações da realidade imposta
A harmonia inesperada acontece menos planejada
E a vida corre como um sopro do puro cristal!
E belas formas se manifestam como um milagre...

E a areia fina, incansavelmente, baliza a vida!