Ego escuro e pontiagudo
Espeta a ingenuidade que
Desarmada chora
Num labirinto estreito,
Sufoco expiatório
Insanidade ilógica
Dês ao vento
Que fenece em agonia
Calas sem razão, sem luz
Olhas adentro seca
Desmunida, surtada
Na geleira da angustia
Por não lembrar
Por não presenciar
O momento prolixo
Da insônia maléfica