Cinderela sem Sapatos...


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Torres quase humanas



      Aéreas irritadiças por medo
     Os ventos as espetam como agulhas
     Os ventos  as cortam com sanha
     Ápices famélicos dos divos
     Esfinges pontiagudas sem alma
     Lamentam os miseráveis que choram
     Lúdicos metais brilhantes, luzes
     Imponentes aos céus dos tolos
     Impotentes  aos céus dos meigos
     Torres tórridas gigantescas, essas
     Histéricas vertigens humanas...
     Caos místicos dos tiranos
     De Corações sanguíneos
     Esses Semideuses cegos
     Ignorados acuados sãos
     Ignoram acuam como pago
     Infames mendigos de amor
     Morrem idolatrando seu Deus
    Carbonizam-se no óleo divino!


Onze de Setembro !









domingo, 16 de outubro de 2011

Dia de Sol, de céu azul...


Sinto saudades do seu amor
Do seu toque de seda na pele
Da sua boca doce e ardente
Do seu peito batendo forte
E soando ecos de excitação
Seu corpo atordoado pelo meu
Embaralhados nos lençóis
Esse gosto fértil e alegre
Dos nossos abraços fortes
Das nossas brincadeiras
Rindo sensualidade
Sinto saudades!
Das malas cheias e apressadas
Dos recantos eterno e só nossos
Do visgo do beijo a cada mordida
A cada novidade
A cada cumplicidade
A cada historia
Do tesão pela vida
Sinto saudades!
Andamos léguas
Pisamos fundo
Cortamos caminhos
Perdemos o rotim...
Hoje restou a saudade
Marcada pelas lembranças
Da nossa amotinada paixão!

Image by Romantic sunset invitation © Dragan Trifunovic








sábado, 15 de outubro de 2011

Eco

Liberto no infinito
Despido sem medos
Ecoa da alma aflita
Onde a busca perdura
Rígido abismo
Escuta o eco que grita
Fita, imóvel fica
Alma essa, persistente
Rígida penedia importuna
Escuta o eco que grita
A simetria célere
Do vento leso da vida
A mágoa ressoou da colina
E esvaeceu aos altos
Moldou-se na humildade
E por lá se findou...
Sonoro eco, esse
Grita no infinito.

Imagem by Berussa